quinta-feira, 27 de março de 2008

A diferença dos Centros

Neste verão, estive em Florianópolis e fiquei com muito impressionado com a limpeza e organização do Centro da cidade. Muito diferente da região central de Porto Alegre, com sua confusão de camelôs, ambulantes, flanelinhas e, naturalmente, sua sujeira característica. Em Floripa, por exemplo, há vários desses “centros populares de compras” – camelódromos, no popular –, espalhados pelo entorno do Centro.

Fico chateado ao pensar – e aqui me permito ser bastante bairrista – que uma cidade muito menos importante como Florianópolis tenha conseguido, ao contrário de Porto Alegre, erradicar a praga dos camelôs. Na verdade, a capital gaúcha ainda está longe de resolver esse problema: apesar da construção do camelódromo sobre o terminal Rui Barbosa, parece-me evidente que precisaria de, no mínimo, uns dois ou três desses para abrigar todos os camelôs do Centro de Porto Alegre.

Em favor dos barriga-verdes, conta o fato de terem uma cidade bem menor que Porto Alegre como capital: enquanto esta possui mais de 1,36 milhão de habitantes, a capital barriga-verde tem pouco mais de 406 mil (dados do IBGE); uma cidade, ao menos em tese, mais fácil de organizar e com problemas sociais menos sérios; a titulo de exemplo, apenas nos últimos anos a questão das favelas se tornou assunto de interesse público em Florianópolis. Na capital dos gaúchos, esse é um problema já bastante familiar.

Mas o que mais me impressionou em minha temporada de férias em Santa Catarina foi o fato de que as ruas do Centro de Floripa são incrivelmente limpas. Não há lixo no chão, e há lixeiras espalhadas ao longo dos calçadões (sim, Floripa também tem calçadões).

Não sei se há uma maior conscientização do povo barriga-verde em relação ao seu patrimônio – tanto histórico-cultural, quanto natural, no caso de suas belas praias –; no curto período em que estive por lá, contudo, pude assistir na TV diversas propagandas do governo do Estado de Santa Catarina, enaltecendo o fato de terem sido considerados o melhor Estado para a atividade turística no Brasil (por algum ranking de alguma revista que eu não lembro qual é). Talvez isso funcione como estímulo aos catarinenses, quando estes zelam pela conservação dos bens públicos citadinos.

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Cristiano Muniz
muniz.cristiano@gmail.com

3 comentários:

Emanuela Pegoraro disse...

Porto Alegre é bem suja sim. Ontem eu amigo fez um desagradável comentário a esse respeito: ele nunca sentiu tanto cheiro de cocô humano quanto nos últimos tempos. Por sorte, ainda não consegui identificar o odor DO dos humanos pelas ruas da cidade, apesar de O dos caninos estarem por toda parte.

Você não acha, entretanto, que a comparação entre Porto Alegre e Florianópolis é um pouco injusta, sendo que a diferença de população entre as cidades é tão alta?

Clarice disse...

Emanuela toca num ponto importante.

E Cristiano, o que esta história de camelôs tem a ver com jornalismo ambiental? Me explica.

Juan disse...

Todavía no puedo creer que no sé por dónde empezar, me llamo Juan, tengo 36 años, me diagnosticaron herpes genital, perdí toda esperanza en la vida, pero como cualquier otro seguí buscando un cura incluso en Internet y ahí es donde conocí al Dr. Ogala. No podía creerlo al principio, pero también mi conmoción después de la administración de sus medicamentos a base de hierbas. Estoy tan feliz de decir que ahora estoy curado. Necesito compartir este milagro. experiencia, así que les digo a todos los demás con enfermedades de herpes genital, por favor, para una vida mejor y un mejor entorno, póngase en contacto con el Dr. Ogala por correo electrónico: ogalasolutiontemple@gmail.com, también puede llamar o WhatsApp +2348052394128