quarta-feira, 23 de abril de 2008

Os direitos da natureza

Acho que vale a pena publicar na íntegra:


A natureza não é muda
Por Eduardo Galeano*

O Equador está discutindo uma nova Constituição. Entre as propostas, abre-se a possibilidade de reconhecer, pela primeira vez na história, os direitos da natureza. Parece loucura querer que a natureza tenha direitos. Em compensação, parece normal que as grandes empresas dos EUA desfrutem de direitos humanos, conforme foi aprovado pela Suprema Corte, em 1886.

O mundo pinta naturezas mortas, sucumbem os bosques naturais, derretem os pólos, o ar torna-se irrespirável e a água imprestável, plastificam-se as flores e a comida, e o céu e a terra ficam completamente loucos.

E, enquanto tudo isto acontece, um país latino-americano, o Equador, está discutindo uma nova Constituição. E nessa Constituição abre-se a possibilidade de reconhecer, pela primeira vez na história universal, os direitos da natureza.

A natureza tem muito a dizer, e já vai sendo hora de que nós, seus filhos, paremos de nos fingir de surdos. E talvez até Deus escute o chamado que soa saindo deste país andino, e acrescente o décimo primeiro mandamento, que ele esqueceu nas instruções que nos deu lá do monte Sinai: "Amarás a natureza, da qual fazes parte".

Um objeto que quer ser sujeito

Durante milhares de anos, quase todo o mundo teve direito de não ter direitos.

Nos fatos, não são poucos os que continuam sem direitos, mas pelo menos se reconhece, agora, o direito a tê-los; e isso é bastante mais do que um gesto de caridade dos senhores do mundo para consolo dos seus servos.

E a natureza? De certo modo, pode-se dizer que os direitos humanos abrangem a natureza, porque ela não é um cartão postal para ser olhado desde fora; mas bem sabe a natureza que até as melhores leis humanas tratam-na como objeto de propriedade, e nunca como sujeito de direito.

Reduzida a uma mera fonte de recursos naturais e bons negócios, ela pode ser legalmente maltratada, e até exterminada, sem que suas queixas sejam escutadas e sem que as normas jurídicas impeçam a impunidade dos criminosos. No máximo, no melhor dos casos, são as vítimas humanas que podem exigir uma indenização mais ou menos simbólica, e isso sempre depois que o mal já foi feito, mas as leis não evitam nem detêm os atentados contra a terra, a água ou o ar.

Parece estranho, não é? Isto de que a natureza tenha direitos... Uma loucura. Como se a natureza fosse pessoa! Em compensação, parece muito normal que as grandes empresas dos Estados Unidos desfrutem de direitos humanos. Em 1886, a Suprema Corte dos Estados Unidos, modelo da justiça universal, estendeu os direitos humanos às corporações privadas. A lei reconheceu para elas os mesmos direitos das pessoas: direito à vida, à livre expressão, à privacidade e a todo o resto, como se as empresas respirassem. Mais de 120 anos já se passaram e assim continua sendo. Ninguém fica estranhado com isso.

Gritos e sussurros

Nada há de estranho, nem de anormal, o projeto que quer incorporar os direitos da natureza à nova Constituição do Equador.

Este país sofreu numerosas devastações ao longo da sua história. Para citar apenas um exemplo, durante mais de um quarto de século, até 1992, a empresa petroleira Texaco vomitou impunemente 18 bilhões de galões de veneno sobre terras, rios e pessoas. Uma vez cumprida esta obra de beneficência na Amazônia equatoriana, a empresa nascida no Texas celebrou seu casamento com a Standard Oil. Nessa época, a Standard Oil, de Rockefeller, havia passado a se chamar Chevron e era dirigida por Condoleezza Rice. Depois, um oleoduto transportou Condoleezza até a Casa Branca, enquanto a família Chevron-Texaco continuava contaminando o mundo.

Mas as feridas abertas no corpo do Equador pela Texaco e outras empresas não são a única fonte de inspiração desta grande novidade jurídica que se tenta levar adiante. Além disso, e não é o menos importante, a reivindicação da natureza faz parte de um processo de recuperação das mais antigas tradições do Equador e de toda a América. Visa a que o Estado reconheça e garanta o direito de manter e regenerar os ciclos vitais naturais, e não é por acaso que a Assembléia Constituinte começou por identificar seus objetivos de renascimento nacional com o ideal de vida do sumak kausai. Isso significa, em língua quechua, vida harmoniosa: harmonia entre nós e harmonia com a natureza, que nos gera, nos alimenta e nos abriga e que tem vida própria, e valores próprios, para além de nós.

Essas tradições continuam miraculosamente vivas, apesar da pesada herança do racismo, que no Equador, como em toda a América, continua mutilando a realidade e a memória. E não são patrimônio apenas da sua numerosa população indígena, que soube perpetuá-las ao longo de cinco séculos de proibição e desprezo. Pertencem a todo o país, e ao mundo inteiro, estas vozes do passado que ajudam a adivinhar outro futuro possível.

Desde que a espada e a cruz desembarcaram em terras americanas, a conquista européia castigou a adoração da natureza, que era pecado de idolatria, com penas de açoite, forca ou fogo. A comunhão entre a natureza e o povo, costume pagão, foi abolida em nome de Deus e depois em nome da civilização. Em toda a América, e no mundo, continuamos pagando as conseqüências desse divorcio obrigatório.

* Publicado originalmente no semanário Brecha, do Uruguai. Tradução: Naila Freitas / Verso Tradutores(Envolverde/Agência Carta Maior)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Estudo norte-americano comprova viabilidade da agricultura orgânica

Navegando pela internet, descobri uma revista eletrônica da Universidade de Cambridge, Estados Unidos. A Renewable Agriculture and Food Systems é uma publicação multidisciplinar com foco em abordagens ambiental, econômica e socialmente sustentáveis para a agricultura e a produção de alimentos. Seus artigos discutem os impactos econômicos, ecológicos e ambientais da agricultura, o uso de recursos renováveis e da biodiversidade em agro-ecossistemas e as implicações tecnológicas e sociológicas de sistemas de alimentação sustentável.

Em trabalho recentemente publicado na revista, Badgley e colaboradores demonstraram com sua pesquisa que a agricultura orgânica, ao contrário do que afirmam seus críticos, tem potencial para "contribuir substancialmente para o abastecimento global de alimentos", reduzindo o impacto ambiental causado por pesticidas e fertilizantes sintéticos. Os estudiosos também sugerem que métodos orgânicos de cultivo propiciam índices de produtividade por hectare semelhante ao observado com o emprego de métodos agrários convencionais (ou seja, com o uso de agrotóxicos e fertilizantes inorgânicos).

Sabemos – e não é de hoje – que os pesticidas interferem na qualidade dos alimentos que consumimos e, consequentemente, em nossa saúde; agora, a ciência atesta: a agricultura orgânica pode ser tão eficiente na produção de alimentos quanto a agricultura tradicional. Difícil, porém, é modificar práticas de cultivo profundamente arraigadas entre os produtores, bem como diminuir a influência do poder econômico no mundo rural. Com a presença maciça no campo de gigantes como a Monsanto (só para citar uma grande empresa do ramo), me parece ainda um tanto distante a mudança em questão.

domingo, 20 de abril de 2008

Alfabetização ecológica: educação para a sustentabilidade

Este semestre, sou aluno da profª. Ilza Girardi na cadeira de Jornalismo Ambiental na Fabico/UFRGS. Bem interessantes as aulas (aliás, nos últimos tempos, tenho me interessado bastante pela questão ambiental: não foi à toa que me meti num blog sobre esse assunto); numa delas, tive que apresentar um texto sobre a alfabetização ecológica, conceito cunhado por Fritjof Capra, físico e téorico austríaco, conhecido por suas obras – entre elas, O ponto de mutação e A teia da vida – sobre o paradigma emergente e o pensamento sistêmico na ciência contemporânea.

Para ele, a alfabetização ecológica seria a base para a formação de comunidades sustentáveis, justamente porque trabalha com as crianças desde cedo, desenvolvendo a consciência ambiental e aquilo que Leonardo Boff denominou de a "ética do cuidado": ou seja, através do trabalho pedagógico com os pequenos na horta escolar, seria possível mostrar na prática a sucessão dos ciclos da natureza, as noções de nascimento, desenvolvimento e morte e criar desde a mais tenra idade consciência a respeito da importância da preservação ambiental.

Outro aspecto importante ressaltado por Capra é a aprendizagem baseada em projetos, adotada por ele em seu Centro para Alfabetização Ecológica da Universidade de Berkeley, EUA. Sob este princípio, crianças são educadas por meio de experiências de aprendizagem que as engajam em projetos complexos do mundo real, dando a oportunidade de desenvolver e aplicar suas habilidades e conhecimentos em situações concretas do dia-a-dia.

O uso da horta escolar seria então um desenrolar desta nova experiência de aprendizado, levando às crianças a compreensão dos princípios básicos da ecologia e mostrando a elas como viver de acordo com os preceitos da sustentabilidade ambiental.

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Sites relacionados:

Fritjof Capra: http://www.fritjofcapra.net/

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Livre de carbono! E daí?

Antes de mais nada, preciso comentar a impressão que tive ao ler a tal Época "Carbon free" sobre a qual a Mauren escreveu um post.

Praticamente no meio da revista havia um" Especial Meio Ambiente", com direito a uso quase que indiscriminado de verde nas cartolas, nas capitulares, nos boxes, enfim , em tudo que não comprometesse a legibilidade em não sendo preto. Depois das diversas matérias, cujo foco principal se centrava na mudança de pequenas atitudes cotidianas possíveis em prol da diminuição máxima das emissões de carbono, além da defesa dos slogans "compre verde", "consumo consciente", "responsabilidade ambiental" permearem, em maior ou menor grau, esses mesmos textos, pergunto o que quer dizer aquele anúncio de página dupla, bem no meio do tal especial, com papel de gramatura superior a das páginas "jornalísticas", cheio da pompa e do glamour, comunicando que "O mundo acordou diferente: chegou o novo Corolla!!"

Isso não tem cabimento. A Época pode plantar quantas árvores quiser para neutralizar a revista, mas, francamente, uma publicidade da Toyota, a maior montadora de carros de 2007, no meio, literalmente, de um compêndio de reportagens que pretendem nos convencer que todos nós devemos mudar os nossos hábitos de consumo para salvar o planeta é muita faláscia.

Silêncio, por favor!

Hoje é o Dia Internacional da Conscientização sobre o Ruído. É já, por sinal, a 13ª edição da data, e eles ficaram tão quietinhos que eu nem fiquei sabendo da gloriosa falta de barulho. O dia do "calem-a-boca-por-favor" é uma proposta da Liga para o Deficiente Auditivo de Nova York, que pretende informar sobre os efeitos do excesso de ruídos na audição, saúde e qualidade de vida.

Nesta notícia da Revista Digital Envolverde, são listados alguns problemas que envolvem a poluição sonora:

"- O ruído contamina o ambiente e afeta a saúde.
- Provoca perda de audição, estresse, dor de cabeça, náuseas, desequilíbrio corporal, afeta o sistema circulatório, digestivo, nervoso, o ritmo cardíaco, a respiração, o descanso, sono, concentração, comunicação, estudo, trabalho, a economia, os direitos humanos.
- Músicas, filmes, festas, esportes a todo volume; atividades e equipamentos ruídosos, afetam a vizinhança, passageiros, clientes e trabalhadores."

Brilhante iniciativa!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Uma alternativa à descarga

Anteontem faltou água aqui em casa e em outras milhares de casas da cidade. Segundo a prefeitura de Porto Alegre, os problemas começaram no domingo, com o rompimento de uma adutora d'água, deixando 16 bairros sem abastecimento. Quando este problema foi consertado, a pressão da água, maior que o habitual, rompeu o encanamento em outros três pontos. Ou seja, cheguei em casa na segunda-feira, após 8 horas de trabalho, e nada de água no chuveiro.

Consegui encher um balde colecionando os miúdos fios de água de todas as torneiras e me dei um banho que posso considerar assim, satisfatório, pela pequena quantidade de água que utilizei. Me surpreendi com o resultado do banho improvisado, mas me ferrei na hora que deu vontade de ir no banheiro. A primeria pergunta foi: como dar a descarga? E a segunda vei com o tempo... Se eu tivesse mais água disponível em alguma torneira de meu apartamento, eu, faminta! daria descarga ou lavaria a salada pra janta?

É meio estúpido o ser humano se achar inteligentão por ter inventado a patente, o vaso ou WC, pois o negócio mistura merda com água potável, água que passou por processos de tratamento para ser consumida. Vaso sanitário é um desperdício de água.

Há muito tempo atrás, a mesma espécie de gente que inventou a mistura cocô com água, também descobriu que cocô pode ser transformado em húmus, se misturado com as substâncias secas corretas. É uma técnica antiga, herança de vários povos.


Créditos fotográficos e mais informações: Portal Agroecologia

Existem várias formas de transformar o que antes era esgoto em adubo, e o cocô estocado lá no fundo do banheiro seco não favorece o aparecimento de agentes patogênicos, não tem cheiro ruim, e poupa o meio ambiente e seus recursos, além de se tornar um fértil composto orgânico.

A permacultura, ou culltura permanente, é um conjunto de ações psíquicas e práticas que promovam um ambiente sustentável, no qual o ser humano seja integrado e respeitoso à natureza. A rede de permacultores Permear afirma que "Permacultura oferece as ferramentas para o planejamento, a implantação e a manutenção de ecossistemas cultivados no campo e nas cidades, de modo a que eles tenham a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. "

No Rio Grande do Sul, diversos grupos desenvolvem técnicas de permacultura, como o Instituto de Permacultura do Rio rgande do Sul, IPERS, no município de Viamão. A Fundação Gaia também promove a disceminação deste tipo de idéia. O Rincão Gaia é uma área antigamente degradada pela exploração de pedras, hoje recuperada, e transformada em centro de educação ambiental.

O encontro que acontece nos dias 12 e 13 de abril é o primeiro módulo do curso “Educação Ambiental: Construindo a Cultura da Paz”. Teorias sobre a permacultura serão mescladas com atividades práticas como exercício de percepção dos padrões da natureza encontrados no local e exercício prático de design permacultural. Nos dois dias de atividades, os participantes convivem no alojamento do Rincão Gaia, realizam todas as refeições em grupo, praticam ainda ioga no início do dia e uma festa de confraternização na noite do sábado. Os ministrantes do curso são Beatriz Osório Stumpf, mestre em Psicobiologia, e Luciano Tizziani da Silva, arquiteto, com diversas experiências na área da permacultura.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Permacultura e a Educação Ambiental

Recebi o convite abaixo hoje. Tenho muita vontade de conhecer o Rincão Gaia, dizem que é lindo e que as comidas são deliciosas, com produtos orgânicos e sem carne. Vou me informar mais sobre o encontro, depois trago mais detalhes.

A Fundação Gaia – Legado Lutzenberger realiza nos dias 12 e 13 de abril, no Rincão Gaia, em Pantano Grande, o primeiro módulo do encontro “Educação Ambiental: Construindo a Cultura da Paz”. Nesta oportunidade, a educadora Beatriz Osório Stumpf e o arquiteto e urbanista Luciano Tizziani da Silva abordarão, através de atividades teórico práticas, a relação entre a Permacultura e a Educação Ambiental. Os ministrantes apresentarão métodos para a inserção da permacultura como instrumento na realização de programas educativos ambientais, integrados a diferentes realidades locais. Será realizado um exercício de planejamento de ambientes sustentáveis (Design Permacultural), que junto à utilização de métodos participativos, pode contribuir para o estabelecimento de ambientes ecológicos em escolas (de forma integrada à aprendizagem dos conteúdos curriculares), comunidades rurais ou urbanas e empresas. Inscrições até 09 de abril. Maiores informações: 3330-3567 e 3331-3105.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Plástico da discórdia

Minha idéia inicial era escrever sobre a instituição chuveiro elétrico no Brasil, mas me vi obrigada a deixar para uma outra oportunidade ao perceber o debate interessante que pode surgir a partir de um dos temas abordado pela colega blogueira Emanuela no seu post "Peixe de plástico?", o do reaproveitamento e reutilização de sucata, em especial, a das famigeradas garrafas pet.

No último verão tive a oportunidade de conhecer José Alcino Alano, um senhor da cidade de Tubarão-SC que, em determinado momento, se viu diante de uma necessidade de gastar menos com a conta de luz e procurou alternativas. Primeiro fez o que muitas pessoas optam, trocou seu chuveiro elétrico por modelos cujo aquecimento se dava com uso de gás. Eis que surgiu um outro problemaço, o tempo com o registro aberto até ter a água devidamente aquecida e, portanto, um alto grau de desperdício, além de não se sair do mesmo lugar, apenas trocando uma conta grande por outra de igual peso. Mas vocês podem me perguntar onde entram as tais garrafas pet nessa história toda? Na mudança de destinação, enquanto a maioria de nós segue indo ao supermercado comprar uma série de produtos embalados com pets, os utilizamos e jogamos fora, alguém, esse barriga-verde, pensou em alongar a vida útil desses materiais e dar nova utilidade à algo fadado aos lixões e à indústria de reciclagem.

José Alano não só desenvolveu um painel de aquecimento solar a partir de garrafas pet e embalagens tetrapack de leite, mas patenteou seu invento para que ninguém pudesse se apropriar dele e usar para fins de enriquecimento próprio, pois gostaria que mais pessoas pudessem ter acesso fácil e gratuito àquela tecnologia. Concordo que não devemos incitar ao consumo inadvertido de produtos gerados de derivados de petróleo, mas penso que são muitíssimo válidas as iniciativas de fazer alguma coisa com o que já consumimos e que não é pouco, em vez de seguirmos colocando as coisas nos devidos lugares, ou seja, os lixos seco, orgânico, para plásticos, papéis, metais etc. e acreditando que mudanças substancias em nossos extremamente arraigados e confortáveis hábitos de consumo serão transformados da noite para o dia. Certamente quando mudarmos (ou a mídia, as instituições de educação e de formaçãoo de opinião mudarem) nossa concepção de quê, para ser feliz, é imprescindível que consumamos initerruptamente e sempre, talvez consigamos levantar nossos tão bem sentados traseiros e mexer nossas fracas pernas que pegam elevadores para subir ao terceiro andar da faculdade para ir ao supermercado com nossas embalagens de vidro e realizarmos um reabastecimento!

Esse senhor criou um invento de execucao relativamente barata e simples, que pode propiciar banho quente a quem poderia ainda nao ter esse conforto, ou, se tem, gera grande ônus financeiro, que diminui o consumo de energia elétrica, especialmente no horário de pico; vale aqui lembrar este é compreendido entre 18 e 21h, ou seja, os que coincidem com a chegada das pessoas do trabalho e, consequentemente, o da tomada de muitos banhos de chuveiros elétricos simultanemente; que dá nova utilidade ao que seria lixo e, por conseguinte, prolonga sua curta vida útil e cuidou para que fosse acessivel a todos e isso seria incitar ao consumismo?

Não posso concordar mesmo, tampouco com a fabricação dos pufes, pois essa idéia pôde gerar renda a pessoas que se organizaram em cooperativas de trabalho para produzir, adivinha o quê? Pufes de pets! Parece-me um tanto quanto complicado condenar, a priori, certas iniciativas, quando a mudança necessaria para se sair de um ideal de felicidade que se valida no ato do consumo é ainda muito distante e deveras complexa. Enquanto seguirmos enquadrados nesse contexto e corroborando para a manutençãao do status quo, não serei eu a primeira atirar pedra no telhado dos outros, afinal meu teto segue de vidro.

terça-feira, 1 de abril de 2008

As 100 maiores descobertas da Biologia

Coragem: esse vídeo é um documentário de 43 minutos. E em inglês. Mas é visualmente muito rico, com imagens micro e macroscópicas sobre as grandes descobertas no campo das Ciências Biológicas. Quem quiser apostar vale à pena.